Viva o acaso!

"E de braços abertos, cruciforme
olho olhar perdido, pés juntos e cabeça pronta
solto-me no que já estou imerso
embebo-me, me confundo, me liquefaço
em sua infinitude

Ele está a meu lado, frente, costas
sob, sobre, dentro
Flerto com controlá-lo
e nesse devaneio sigo iludido
Mas ele segue a controlar-me
indiferente a conjunturas
é a força maior e única
que incide noutras forças
sem se fazer forçar

É meu deus, a sós, é o caos
é quem te permeia ainda que ignore
Confundido vira Deus, destino: frivolezas
NADA É IMPREVISÍVEL
o que há é incompetência
viva causa-consequência,
viva o acaso!"